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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
No interior do Brasil, sem merenda, tem a fome. No sertão maranhense, a realidade é de fome e miséria.
No mundo, se discutem os bilhões dos ricos. No interior do Brasil, ampliam-se os retratos da pobreza. Nos bancos, os juros custam caro. No interior do Brasil, a vida parece valer pouco. Nas cidades, joga-se comida fora. No interior do Brasil, sem merenda, tem a fome. No sertão maranhense, a realidade é de fome e miséria. Nem os brinquedos animam as férias escolares no sertão. “Estou com saudade da escola, por causa da merenda”, conta Gerson Barbosa, de 9 anos. "Quando não tem merenda, os bichinhos ficam assim: esmorecidos. Não têm coragem para nada", diz a dona-de-casa Diolinda Carvalho. As escolas fechadas viram um tormento para o sertanejo. Sem as cantinas, as despesas com comida aumentam dentro de casa. As famílias pobres do Maranhão contam os dias para recomeçar as aulas. É que, no sertão, a merenda escolar é a principal refeição do dia. "Eles vão para o colégio e lá eles merendam. Quando vêm de lá, eles vêm com mais pouca fome. Aí, já comem menos", explica a quebradeira de coco Deuserly Lopes Cantanhede. A dona-de-casa Maria do Amparo Quaresma não vê a hora de mandar os dois filhos pra escola novamente. "Fica melhor, porque os bichinhos vão para o colégio em jejum e voltam com o estômago forrado", afirma Maria do Amparo Quaresma. A merenda escolar é tão importante na vida dessas famílias que até o número de faltas aumenta nas escolas que não servem alimento durante as aulas. "Quando não tem merenda os meninos quase não vão para o colégio", confirma a professora Francisca dos Santos. O Maranhão apresenta o quadro mais grave de desnutrição infantil no país: em alguns municípios, 28% das crianças são mal alimentadas segundo o ministério da Saúde. A desnutrição aumenta no período de férias. "Não tem aquela bolacha. Não tem o leite. Não tem aquele mingau que tem no colégio. Em casa eles não têm", aponta uma agente de saúde. Dois ovos cozidos e um pouco de arroz temperado só com água e sal. É tudo que restou pra matar a fome de uma família com cinco pessoas. “Sou pobre, não tenho condições de comprar comida para meus filhos”, diz um lavrador. "Nós não temos condição de comprar merenda", diz a dona-de-casa Anita Machado.
Matéria exibida no jornal Bom dia Brasil – Rede Globo 30.01.2009
No mundo, se discutem os bilhões dos ricos. No interior do Brasil, ampliam-se os retratos da pobreza. Nos bancos, os juros custam caro. No interior do Brasil, a vida parece valer pouco. Nas cidades, joga-se comida fora. No interior do Brasil, sem merenda, tem a fome. No sertão maranhense, a realidade é de fome e miséria. Nem os brinquedos animam as férias escolares no sertão. “Estou com saudade da escola, por causa da merenda”, conta Gerson Barbosa, de 9 anos. "Quando não tem merenda, os bichinhos ficam assim: esmorecidos. Não têm coragem para nada", diz a dona-de-casa Diolinda Carvalho. As escolas fechadas viram um tormento para o sertanejo. Sem as cantinas, as despesas com comida aumentam dentro de casa. As famílias pobres do Maranhão contam os dias para recomeçar as aulas. É que, no sertão, a merenda escolar é a principal refeição do dia. "Eles vão para o colégio e lá eles merendam. Quando vêm de lá, eles vêm com mais pouca fome. Aí, já comem menos", explica a quebradeira de coco Deuserly Lopes Cantanhede. A dona-de-casa Maria do Amparo Quaresma não vê a hora de mandar os dois filhos pra escola novamente. "Fica melhor, porque os bichinhos vão para o colégio em jejum e voltam com o estômago forrado", afirma Maria do Amparo Quaresma. A merenda escolar é tão importante na vida dessas famílias que até o número de faltas aumenta nas escolas que não servem alimento durante as aulas. "Quando não tem merenda os meninos quase não vão para o colégio", confirma a professora Francisca dos Santos. O Maranhão apresenta o quadro mais grave de desnutrição infantil no país: em alguns municípios, 28% das crianças são mal alimentadas segundo o ministério da Saúde. A desnutrição aumenta no período de férias. "Não tem aquela bolacha. Não tem o leite. Não tem aquele mingau que tem no colégio. Em casa eles não têm", aponta uma agente de saúde. Dois ovos cozidos e um pouco de arroz temperado só com água e sal. É tudo que restou pra matar a fome de uma família com cinco pessoas. “Sou pobre, não tenho condições de comprar comida para meus filhos”, diz um lavrador. "Nós não temos condição de comprar merenda", diz a dona-de-casa Anita Machado.
Matéria exibida no jornal Bom dia Brasil – Rede Globo 30.01.2009
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