2012 não é 2000, não é 2004 e muito menos 2008

É bastante comum ouvir no meio político de Araioses que a prefeita Luciana Trinta não será reeleita pelo simples fatos de que isso ainda não ocorreu no município após a implantação dessa regra eleitoral. Quem fala isso, geralmente são os partidários de Manim Leal, prefeito de Santa Quitéria e os que querem a volta de Pedro Henrique ao comando da prefeitura araiosense. Manim quer porque quer impor a candidatura a da filha Valéria Leal a qualquer custo de goela abaixo dos araiosenses numa tentativa de continuar no comando de uma prefeitura.
Como prefeito reeleito ele não pode ser candidato nem lá nem cá e vê na filha o caminho para satisfazer seu desejo.
Essas opiniões são dadas sempre que alguém fala a um deles da necessidade de união da classe política araiosense para desbancar Luciana do poder. Dizem que a prefeita está derrotada e que o candidato ou candidata deles é que vai ganhar o pleito.
Mas tem um detalhe que nenhum desses espertes em política está tendo a humildade de ver: 2012 não é 2000, não é 2004 e muito menos 2008.
Em cada um desses anos eleitorais tinha uma situação parecida que não ocorre agora. Em todos eles os prefeitos estavam desgastados e impopulares como ocorre com Luciana Trinta agora. Porém existia sempre um líder forte que aparecia como favorito a desbancar quem estivesse no poder.
Em 2000 Chagas Paixão estava mal perante a opinião pública. Ao permitir que o vice-prefeito Bruno Vaz Pires e seu filho Orlando tocassem a administração do município selou seu futuro e foi derrotado. Os dois esqueceram os compromissos de campanha e fizeram uma política medíocre e atrasada.
Fora o pessoal do grupo de Chagas Paixão todos sabia que ele seria derrotado. O detalhe: o povo tinha a opção de Zé Tude e Vicente Moura. Os dois eram as maiores lideranças do município. Ganhou Vicente com uma campanha bonita sem ataques e com belo plano de governo.
Em 2004 a situação não foi tão diferente. Com a morte prematura de Vicente Moura com apenas quatro meses e quatro dias no cargo assumiu o vice Pedro Henrique. Esse não deu a mínima para o que foi prometido ao povo e passou a ouvir penas aos bajuladores que diziam que ele estava muito bem que o povo e reelegeria. “Pedro só dar você, não tem para ninguém”. Ele sorria e acreditava que a vitória estava no papo.
Veio a eleição e cacetada foi forte. Entre cinco candidatos foi o quarto colocado e ainda permitiu a ressurreição política de Zé Tude que tinha perdido a disputa em 1996 e 2000.
Em 2008 também ocorreram fatos semelhantes aos pleitos passados. Governo impopular e uma liderança forte que ameaçava quem estava no poder. Zé Tude estava desgastadíssimo. Desde que sofreu um AVC ainda no início do governo a prefeitura passou a ser tocada pelo filho Laércio, pela mulher (Bernada) e pelo advogado Coutinho. As irregularidades foram muitas.
Foram tantas que provocaram um fato inédito: a presença da Polícia Federal na Operação Rapina. Também como nos anos anteriores tinha uma liderança política forte a incomodar.
Dessa vez uma mulher e de fora. Luciana Trinta era a bola da vez. Já tinha chegado perto em 2004 e chegou até em desistir da luta. Mas com os desatinos na administração de Zé Tude mudou de idéia. Não desceu do palanque e passou a se apresentar ao povo como uma pessoa capaz de tirar o município e seu povo do estado de pobreza que se encontrava e ainda se encontra.
Agora vivemos dias muitos parecidos com os já passados. A prefeita sofre de rejeição recorde e muitos dizem que ela não será reeleita.
Porém seria muito bom que esse que pensam assim não se esqueçam que agora não há nenhum liderança política forte como houve nos pleitos anteriores.
Em 2000 tínhamos Vicente Moura, em 2004 Zé Tude, em 2008 Luciana Trinta e agora, quem é?