Líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB).

Rezende, segundo denúncias, iria distribuir a grana entre 30 parlamentares para aprovar um projeto (que foi aprovado) permitindo aos construtores do setor civil a derrubada de babaçuais no Maranhão.

Tavares surpreendeu o plenário quando insinuou que a governadora também poderia ter recebido muito mais por ter sancionado o projeto bancado pelos empresários.

“Ora, se um deputado está sendo acusado de receber R$ 1,5 milhão para dividir com 30 colegas parlamentares, quanto teria recebido, então, Roseana Sarney, que sancionou o projeto?”, indagou Tavares.

Na sua opinião, os empresários, se houve a negociação com o deputado Rezende, tinham certeza da aprovação pela Assembleia Legislativa, mas era preciso garantir a sanção da lei. “E quem sancionou foi a governadora”, informou.

Tavares, que votou pelo projeto para flexibilizar a lei que impedia a derrubada dos babaçuais no Maranhão, garante que nada recebeu e lembrou que as principais construtoras do Maranhão doaram somas altas para a campanha de Roseana Sarney em 2010.

“Se a Assembleia está sob suspeição, o governo também tem as mesmas responsabilidades.”, disse o parlamentar. Já César Pires, que também pediu rigorosa apuração das denúncias, considera um erro terceirizar responsabilidades e pediu que a Casa assuma seus erros, se assim existirem.

O presidente Arnaldo Melo encaminhou as denúncias para a Corregedoria da Assembleia Legislativa apurar a questão e foi elogiado pelos seus pares.

Ainda assim, o deputado Bira do Pindaré pediu a criação de uma CPI para saber se um deputado recebeu a propina de R$ 1,5 milhão e dividiu com 30 colegas parlamentares para que o projeto fosse aprovado.