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quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Valor é a soma dos serviços prestados por três agências de turismo: Brother´s Turismo [4,513 milhões]; Maratur [R$ 1,265 milhões] e Caravelas [R$ 355 mil].

Viviane Menezes
Agência Assembleia


O deputado Rubens Pereira Júnior (PC do B) cobrou nesta terça-feira (16), na tribuna da Assembleia Legislativa, explicações do governo do Estado com relação aos gastos da Secretaria de Estado da Saúde com a compra de passagens aéreas.
Segundo o deputado, em 2011 já foram gastos mais de R$ 6 milhões com passagens aéreas — dados extraídos do Portal da Transparência do Governo do Estado.
“É um dado surpreendentemente alarmante: R$ 6, 133 milhões é o valor gasto pela Secretaria Estadual de Saúde com passagens aéreas”, detalhou Rubens Júnior.
Ele citou que esse valor é a soma dos serviços prestados por três agências de turismo: Brother´s Turismo [4,513 milhões]; Maratur [R$ 1,265 milhões] e Caravelas [R$ 355 mil]. “São valores altos no Orçamento apertado do Estado do Maranhão”, avaliou.
Rubens Júnior lembrou que em 2009 a Secretaria de Saúde também gastou mais de R$ 6 milhões com passagens aéreas. “O Governo do Estado tem que dizer quem são os beneficiados, para que não recaia a dúvida sobre quem realmente está usando essas passagens, isto é, se são alguns aliados políticos, alguns jornalistas, ou os pacientes que de fato precisam” disse.
Na tribuna, ele recomendou que o governo do Estado preste esclarecimentos imediatos para evitar um pedido de informação direcionado às empresas que prestam serviços à Secretaria de Saúde, que, neste caso, terão que informar a Assembleia Legislativa, nominalmente, os beneficiários das passagens.
Para ilustrar a desproporção dos gastos, o oposicionista citou que, no mesmo período, a Secretaria de Turismo gastou R$ 3,5 milhões com a promoção de turismo no Maranhão. “Se demonstram duas coisas: que a Secretaria de Saúde está viajando muito e que o turismo está doente no Estado do Maranhão”, avaliou.
Em aparte, o deputado Carlos Alberto Milhomem (DEM) destacou o programa do governo federal que financia o tratamento de saúde fora do domicílio, incluindo os custos com o deslocamento de pacientes para hospitais de referência em outros estados. “Esse tipo de acusação, às vezes, me soa como leviana”, avaliou.

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