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quinta-feira, 27 de outubro de 2011


Após indicação, Aldo dá entrevista na Câmara dos Deputados - Foto: Sergio



Lima/Folhapress

MARIA CLARA CABRAL
ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA


Horas após ser confirmado como novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PC do B-SP) afirmou nesta quinta-feira que vai fazer mudanças na pasta e que não pretende mais realizar convênios de nenhum programa do ministério com ONGs.

Segundo Rebelo, a presidente Dilma Rousseff o deu a responsabilidade de montar a nova equipe. Ele disse, no entanto, que ainda não pensou em nomes.

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"Recebi da presidente Dilma a demonstração de confiança e a responsabilidade de montar a minha equipe para dirigir o ministério. As mudanças serão anunciadas de acordo com as consultas que vou realizar para estruturar a equipe que trabalhará comigo no ministério (...). Certamente que haverá mudanças e certamente as competências que lá estão poderão mudar simplesmente por escolha pessoal, escolha técnica. Mas isso não significa a condenação de ninguém", disse.

Em resposta às suspeitas de irregularidades na pasta, Rebelo disse que não pretende realizar novos convênios com ONGs em todos os programas do ministério, não só nos do programa Segundo Tempo --principal alvo das suspeitas de desvio de dinheiro e que levou a queda de Orlando Silva. Ele afirmou que as ações do ministério devem continuar por meio de convênios com as prefeituras.

"Os convênios com as prefeituras continuam. Não vamos acabar com o Segundo Tempo. A intenção é acabar com os convênios com as ONGs, em qualquer programa. Não acabar com os programas. Continuaremos fazendo [os convênios] com as prefeituras, com os órgãos públicos", disse.

O novo ministro não confirmou, porém, a suspensão dos convênios que já estão em andamento. E disse que todas as investigações na pasta devem continuar.

"As ações do Ministério Público, da Polícia Federal, Tribunal de Contas, dos órgãos de controle, todas elas terão curso com apoio e ajuda ministério."

Aldo falou ainda sobre sua ligação com a Fifa e com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ele já presidiu a CPI do Futebol, entre 2000 e 2001, mas negou que isso possa influenciar o seu trabalho. Também negou que as doações de campanha que recebeu de empresas patrocinadoras da CBF possa o atrapalhar.

"Não atingirá de qualquer forma a minha independência", disse.

Ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Rebelo confirmou que defende a meia-entrada para os jogos da Copa de 2014, no Brasil, mas disse que a partir de agora a sua posição é a posição de governo.

Ele disse que a relação da Fifa com o governo "será de cooperação e independência".

Mais cedo, Aldo almoçou com o antecessor e colega de partido, Orlando Silva. Segundo ele, para tomar conhecimento da estrutura da pasta.

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