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segunda-feira, 3 de outubro de 2011


Rede Boa Nova

A população do Brasil está envelhecendo. Esta é uma realidade que a Europa vive há algum tempo.
E, a medida em que essa mudança acontece, o consumo também sofre alterações, ou seja, atualmente, o investimento nas adaptações que aumentam a segurança privada aumentou na busca de melhorar a qualidade de vida com a chegada da melhor idade.

Em pesquisa divulgada pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aponta que a participação na economia do País diminuiu entre a população com idade até 25 anos. Essa participação entre pessoas com 65 anos ou mais era de 4,8% em 1991, passou para 5,9% em 2000 e chegou a 7,4% em 2010.

Transição demográfica:

Natalidade: relação entre o número de nascidos vivos e o total da população em um dado lugar, num dado período de tempo. Calcula-se a taxa de natalidade dividindo-se o número de nascidos vivos em um ano pelo número de habitantes (do país, região ou cidade).
Mortalidade: número de pessoas que morrem em determinada época ou em determinada região, país, etc. A taxa de mortalidade é calculada dividindo-se o número de pessoas mortas pelo número de habitantes.
Fecundidade: é a capacidade de reprodução de determinada sociedade. A taxa de fecundidade é calculada dividindo-se o número de filhos nascidos pelo número de mulheres entre 15 e 49 anos, numa determinada população.

Nesta fase da vida em que, conforme foi apresentado no início desta matéria, a busca por qualidade de vida vem aumentando cada vez mais. Porém, o que significa “qualidade de vida”?

Qualidade de vida é um termo que vem sido constantemente usado desde os meios acadêmicos, até mesmo em nosso cotidiano. É uma área de grande interesse da Medicina, Psicologia, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, assim como do Marketing, da Economia e de outras áreas direta ou indiretamente relacionadas ao ser humano e ao seu bem-estar. Todos querem qualidade de vida ou “QV”, independente de sua idade, raça, religião e meio sócio-cultural. E, felizmente, isto é possível.

Apesar de não haver uma única definição para QV, algumas merecem destaque, como a da Organização Mundial da Saúde que define qualidade de vida como:
“A percepção que o indivíduo tem de sua posição na vida dentro do contexto de sua cultura e do sistema de valores de onde vive, e em relação a seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações. É um conceito muito amplo que incorpora de uma maneira complexa a saúde física de uma pessoa, seu estado psicológico, seu nível de dependência, suas relações sociais, suas crenças e sua relação com características proeminentes no ambiente”.

Cuidados dentro de casa
Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, cerca de 80% dos idosos caem dentro de casa. Apesar de especialistas afirmarem serem normais essas quedas, devido a deficiência deperda de equilíbrio e muscular, falta de exercícios físicos, reações de medicamentos, doenças crônicas como Alzheimer e Osteoporose, inadequações de mobília, objetos e iluminação residencial. Porém elas podem causar graves lesões, traumas físicos e psicológicas.
A OMS apresenta ainda um quadro relativo à queda de idosos. Segundo a pesquisa, mais de um terço, das pessoas idosas, cai pelo menos uma vez ao ano, sendo: 33% nas próprias residências e 50% nas instituições para idodos. Destes, cerca de 42% estão acima dos 70 anos.
Para um idoso saudável ter qualidade de vida várias questões são envolvidas como bom convívio social, contato com a família, além de fundamental participação do governo através de políticas públicas específicas à pessoa idosa. O estudo da qualidade de vida do idoso vem ocupando lugar de destaque, pois os avanços na medicina contribuíram para o aumento na expectativa de vida e no contingente de idosos.
Uma das principais causas de acidentes domésticos com idosos é a fraqueza muscular. A prática de exercícios físicos depois dos 60 anos são recomendáveis. Porém, é preciso avaliação prévia de um médico especialista e um fisioterapeuta para que, juntos, possam indicar o exercício mais adequado para o caso. Os exercícios ajudam a fortalecer a musculatura e dão mais segurança ao idoso.

Atitudes que dão certo
• Casa térrea ou com o quarto em andar de baixo, diminuindo as subidas e descidas de escadas, evitando, assim, quedas e fadiga.
• Piso antiderrapante
• Adaptar corrimão nos corredores e outros locais da casa por onde o idoso costuma transitar, barras de apoio de mão nos sanitários, proporcionando maior autonomia aos idosos.
• Ambientes bem iluminados
• Interruptores de fácil acesso
• Destacar degraus das escadas em cores vibrantes ou outras formas que chamem atenção para altura, distância para que possam evitar acidentes
• Regular altura da cama de forma que facilite o apoio dos pés no chão.
• Evitar cobertores ou colchas muito compridos para evitar que o idoso tropece ao levantar.
• Fixar os móveis à parede para que, em caso de apoio, não se desloquem com facilidade.
• Adapte as cadeiras com braços laterais de apoio e encosto.
• Evitar tapetes ou trocar por tapetes antiderrapantes.
• Adapte as maçanetas de portas, gavetas, armários de fácil manuseio para que tenham fácil manuseio
• Evitar portas trancadas.
• Adapte os armários para fácil acesso
• Evitar pisos e locais desnivelados ou irregulares
• Adaptar cantoneira e protetores de quinas de móveis
• Evitar objetos e fios de equipamentos eletroeletrônicos espalhados pelo chão
• Calçados antiderrapantes.
• Utilizar sabonete líquido, para evitar que seja preciso abaixar-se para pegar
• Deixar telefones úteis com fácil visualização e acesso
Independente da idade é importante procurar sempre melhorar a qualidade de vida buscando saúde, não somente a ausência de doenças. De acordo com a definição da Organização Mundial da Saúde “um estado de bem-estar físico, mental, psicológico e espiritual”.
Alguns fatores podem dificultar a qualidade de vida, tais como problemas financeiros, de saúde e outras limitações, porém, é importante buscar alternativas possíveis, sempre respeitando as potencialidades e limitações de cada um, seja ele criança, adolescente, adulto ou idoso.

Fontes:
• SP – Saúde em Pauta
• Envelhecimento Ativo - Uma política de saúde / World Health Organization. Tradução Suzana Gontijo. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005.
• VIEIRA, E. B. (1996). Manual de gerontologia: um guia prático para profissionais, cuidadores e familiares. Rio de Janeiro, RJ: Revinter.
• Luciene Miranda – Qualidade de vida e envelhecimento da população
• Jornal Folha de São Paulo (29/04/2011- Censo 2010 aponta envelhecimento da população brasileira, matéria de Pedro Soares e Carolina Matos)

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